O cidadão que deseja obter a sua carteira de identidade está enfrentando dificuldades em diversas cidades do Rio Grande do Sul, neste início de 2024. De um lado, o atendimento do governo do Estado por ordem de chegada tem demandado até quatro horas de espera nas filas. De outro, o sistema de agendamento pela internet está sobrecarregado, frequentemente sem horários disponíveis.
Entre 10h e 11h desta sexta-feira (12), não havia horários disponíveis para agendar o atendimento em nenhum dos três postos da Capital. O cenário também havia sido percebido pela reportagem no dia anterior.
A emissão do documento é de responsabilidade do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que afirma ter ampliado os horários de agendamento.
— A gente solicita à população que quem não tem a necessidade de trocar a identidade (agora) que evite vir neste período de verão, em função de matrículas escolares, viagens — destacou Katia Reolon, diretora do Departamento de Identificação do IGP, em entrevista ao programa Gaúcha Mais, na quinta-feira (11).
Segundo a administração do Departamento de Identificação, além do tradicional aumento da procura nas férias, há um incremento de demanda de pessoas que receberam uma informação falsa sobre um suposto fim do prazo para solicitar a nova versão da identidade. A informação não procede.
Os cidadãos têm até 2032 para substituir o modelo antigo pelo novo. A antiga carteira de identidade é válida até 28 de fevereiro de 2032. Logo, não é obrigatório trocá-la agora. Além disso, a população com idade acima de 60 anos tem a opção de não atualizar o documento.
— Com a informação equivocada de data-limite para emissão do documento novo, aumentou muito o nosso movimento. O que a gente fez? Ampliamos os horários para agendamento no site — disse Reolon.
O sistema do governo do Estado só permite o agendamento de emissão de identidade para os próximos sete dias. Conforme o IGP, essa limitação de agendamento busca evitar que as pessoas esqueçam do horário reservado.
— A gente teve um histórico de que se agendarmos (com mais antecedência), infelizmente, as pessoas esquecem. Notamos que este período de sete dias é um período que as pessoas não esquecem da data — argumentou Reolon.